Quem conta um conto, aumenta um ponto...



E agora, cadê as autoridades do Rio???

Hoje li uma notícia que me deixou feliz e triste ao mesmo tempo, sobre o garoto que ficou no corredor da escola agonizando por 10 minutos, naquela tragédia na escola em Realengo/RJ.
Quando vi no jornal a cena, do garoto ferido no corredor, pessoas passando, ele acenando, pedindo socorro, e ninguém, NINGUÉM, teve a coragem de socorrê-lo, me embrulhou o estômago.

Como avaliar a gravidade da situação? Como os militares podem dizer que estavam procurando "feridos mais graves" e deixar uma criança agonizar por mais de 10 minutos?

As pessoas passaram, olharam... enquanto corriam de um lado para o outro, Edson permanecia no chão. Ele chegou a acenar com uma das mãos para mostrar que estava vivo e precisava de ajuda, em último caso deveria pelo menos, eu disse pelo menos, alguém ter ficado ao lado dele enquanto o socorro não chegasse, e não ficar passando e olhando como se fosse uma coisa normal, um garoto ferido no corredor.

Me revoltou essa situação, fizeram um ótimo trabalho socorrendo as crianças, mas pecaram com esse garoto de apenas 14 anos, mais de 10 minutos pedindo socorro e nada, revoltante!!!

Hoje lendo no IG fiquei sabendo que o garoto está bem, mas a família passa dificuldades, pois não teve nenhum auxilio do governo para se locomover de casa até o hospital nos 18 dias que o garoto passou internado no hospital, sendo 16 no CTI (isso porque tiveram a coragem de dizer que estavam procurando vítimas mais urgentes... fala sério).

Segundo o IG, a mãe conta que foram duas cirurgias, pois o garoto estava muito ferido, uma das balas atingiu-lhe o rosto, atravessou a bochecha, ferindo também a mão, pois o garoto tentou se proteger dos disparos, em vão. Também foi atingido no abdomem.

No dia 25/04 o garoto recebeu alta do Hospital Albert Schweitzer, onde foi visitado pelo atacante Ronaldinho. Alto e muito magro, ele agora se recupera de uma infecção urinária. “Foi provocada pela sonda”, diz a mãe.


Na mesma reportagem, ainda conta que o garoto não quer mais voltar para a escola, tem insonia e pesadelo. Fica muito calado, embora vez ou outra ela vê ele conversando com os colegas sobre o assunto, ainda sim muito timidamente.
Os amigos não o deixam sozinho e passam o dia jogando video game.

Até a data dessa reportagem no IG, a mãe conta que esta passando por dificuldades, não esta recebendo apoio das autoridades do Rio de Janeiro, e aguarda a promessa de auxílio da prefeitura.

Espero que isso não fique só no papel, uma cidade que fica em reforma por conta de uma copa do mundo, tem a obrigação de dar um suporte para essas famílias que estão desestruturadas por conta dessa tragédia.

Daqui ficamos mandando energias positivas, para que o garoto Edson Clayton Alves, cresça sem traumas e seja um grande homem, que sua família supere tudo isso.
Que as famílias das 12 crianças que morreram, tenham forças para continuar.


Fonte: IG

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